por Jayme Silva

Grupo Escolar Cônego João Pio

Com quase um século, o Grupo Escolar Cônego João Pio é parte integrante do patrimônio histórico e cultural de São Domingos do Prata. Além d...

domingo, 20 de setembro de 2015

Fogão de lenha

Efigênia dos Santos e a alegria na arte de cozinhar
Apesar da facilidade e praticidade dos fogões a gás, que é indispensável em todas as cozinhas, aqui em Ilhéus do Prata, muitos ainda não dispensaram os antigos fogões a lenha. É comum encontrar nas cozinhas os dois tipos de fogões. Isso significa também, que a cultura de manusear, usar e cozinhar nos fogões a lenha continua passando para geração futuras, o que é bom nos sentidos de preservar a arte e proporcionar sempre, as comidas saborosas típicas deste equipamento artesanal e simples.

Além de ser usado para preparar as comidas, o fogão a lenha é aproveitado para aquecer água do chuveiro e torneiras. Funciona como lareira em época de frio e mantem os alimentos em temperatura para consumo por várias horas. Quando tem o forno acoplado na lateral, o fogão é usado para preparar os assados, carnes e massas. É muito comum também, aproveitar a fuga da fumaça e calor das trempes para fazer os defumados, como toucinhos e linguiças. Tem várias utilidades, depende da criatividade de cada um.   

Lembro-me muito bem, na casa dos meus avós em Ilhéus, onde efetivamente morei até os dez anos de idade, quando a cozinha se transformava em sala de visita. A família se reunia próximo ao fogão de lenha. Sentado numa cadeira de palha, em frente ao fogão, meu avô Quito preparava pacientemente o leite “queimadinho” todas as noites. Na trempe, uma panela de ferro com feijão e outra de pedra com água. O fogo sempre aceso e o bule de café no canto. Aliás, não me lembro daquele fogão sem o fogo e do bule sem o café. Com muita simplicidade dizia sempre meu avô: “aqui vive-se assim!!!”

Saudações!!!

Serginho Rocha

3 comentários:

  1. Olha Serginho, fogão de lenha fez parte da minha infância e adolescência, meu pai não ficava sem um, na Fazenda Modelo, onde nasci e morei até 19 anos, o fogão ficava aceso direto, sempre com uma panela com água, não sei pra quê, o bule de café, quentinho o dia todo, a conversa era sempre ao lado deste fogão, no inverno todo mundo se aconchegava no calorzinho, ninguém sentava na sala, a cozinha cumpria bem este papel.
    Mesmo quando mudamos pra cidade, Pedro Leopoldo, meu pai mandou construir um fogão a lenha para esquentar água pro banho. Só desmanchamos o fogão alguns anos após sua morte, acho que era uma espécie de homenagem a ele.
    Ah, estas histórias de família, principalmente do passado são muito boas, como nos trazem recordações daqueles que já se foram e deixaram uma saudade imensa.
    Adorei sua postagem.
    Um grande abraço.

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  2. Boas recordações que devem ser compartilhadas com as gerações atuais

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  3. Tudo isso é parte da nossa cultura!!!
    Abs
    Serginho Rocha

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