por Jayme Silva

Grupo Escolar Cônego João Pio

Com quase um século, o Grupo Escolar Cônego João Pio é parte integrante do patrimônio histórico e cultural de São Domingos do Prata. Além d...

domingo, 4 de outubro de 2009

" bom público na cavalgada"

Ilhéus do Prata recebe bom público na cavalgada

Nos dias 3, 4 e 5 de julho foi realizada no distrito de Ilhéus do Prata a 17ª cavalgada, marcada pela presença de um bonito público durante os três dias de festa. O local do evento recebeu uma excelente estrutura. Shows e concurso de marcha marcaram a cavalgada que foi realizada pela prefeitura com apoio da Câmara Municipal e comunidade de Ilhéus.

nota publicada no jornal tribuna do Prata em agosto de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

"Uma Comunidade Inigualável"

Recentemente, recebi uma mensagem do nosso conterrâneo e amigo, Aurélio Vieira , onde dizia:

" Serginho..., o texto em anexo, eu guardo desde a publicação, por acreditar que poderia muito bem ter sido escrito por um ilheusense; a semelhança entre as comunidades é muito grande. Achei que ficaria bem no Blog."

Muito legal o texto e tem sim, similaridade, que nos faz recordar nossa terra. Aliás, o distrito de Teixeiras é próximo ao distrito de Ilhéus do Prata. A foto em anexo é a Igreja de Teixeiras.

Uma Comunidade Inigualável

Alguns quilômetros de estrada de terra, muita poeira e uma vasta paisagem verde carregada de bucolismo. Muitas paradas para descer ou subirem viajantes com suas compras feitas ou visitas realizadas. Bambuais contornam as curvas, pontes sobre os córregos que correm em direção ao ribeirão e o ônibus passa uma, passa outra, dobra uma curva, dobra outra e vai deixando seu rastro empoeirado para trás. Pouco a pouco um cheiro de hospitalidade vai sendo trazido pelo vento da tarde. O coração cresce de certeza e o corpo todo é tomado por um grande prazer face ao retorno.

A torre da igreja a apontar por detrás de um morro é o primeiro indício de que a chegada se aproxima. Todos os passageiros começam a retirar suas bagagens e a campainha do ônibus toca de ponto em ponto. Finalmente eu desço naquela terra. Uma alegria incontida se apossa de mim. Na porta da casa alguém me espera e é com prazer incomensurável que eu adentro. Sinto-me da família, á vontade. Procuro me acomodar perto do fogão de lenha para espantar o frio e a cozinha é toda invadida por falas, momento para se colocar a conversa em dia. Uma travessa com biscoitos caseiros é colocada sobre a mesa, café feito na hora. De repente já não somos mais só nós, a minha chegada fora anunciada e muitos vão até lá desejarem-me boas –vindas. São amigos, conhecidos, ex-alunos, todos para levarem a cordialidade e a demonstração de prazer com a minha presença.

Saio pelas ruas da comunidade. Cumprimento um, outro e mais outro. Sou conhecida, como se ali tivesse morado uma vida inteira e agora retornasse. Um convite para a cervejinha numa das barracas, outros convites para almoço no dia seguinte, proposta para pernoite em várias residências e a impossibilidade de retribuir a tanto acolhimento afetuoso!

A noite chega trazendo com ela o clima de festa. É cavalgada! O som do ambiente repercute até o centro. Alojamo-nos numa mesa que repentinamente se transforma em duas ficando repleta de pessoas. Enquanto a poeira subia, era impossível se aquietar no assento. Sempre um convite para a próxima dança. O clima festivo se misturava com o da amizade consistente.

Esta comunidade é Teixeiras, oficialmente registrada no mapa como distrito de Cônego João Pio pertencente ao município de São Domingos do Prata. Há várias cavalgadas me faço presente, não pela festa em si, mas pela oportunidade de reencontrar as pessoas queridas que são todas, sem distinção. Teixeiras não constitui apenas um espaço geográfico no mapa, mas também um espaço conquistado no meu coração. Quando lá estou, sinto-me em casa e quando parto, deixo lá um pedaço de mim. Este pedaço deixado faz-me retornar sempre que possível, sem precisar de subterfúgios para justificar minha presença. Ali me sinto gente, a usufruir de uma qualidade de vida indescritível!

Penalizada fico com o anuncio da minha partida. Volto para casa, mas trago Teixeiras comigo nas lembranças agradáveis quando da minha estadia, no sono atrasado pela preponderância da vigília justificada pelo bem estar em dividir aquele espaço genuíno com seus habitantes. Evito citar nomes porque todos merecem destaque por serem pessoas lindas, acolhedoras, amáveis, independendo das condições materiais de existência de cada uma.

O tempo passa, mas Teixeiras jamais passará. Será sempre presença vívida em mim que ora se estende na pessoa do meu filho que a considera com a mesma profundidade de sua mãe.

Texto escrito por Lucia Helena de Carvalho
Publicado no Jornal Bom Dia, em 28 de junho de 2000, nº 501. João Monlevade - MG.

Foto: arquivo pessoal. Não acompanha o texto publicado na matéria.

sábado, 15 de agosto de 2009

Ponte após a enchente

Como podemos observar, a ponte foi provisoriamente reposicionada em seu local, após a surpreendente enchente ocorrida no dia 11 de fevereiro deste ano. Apesar de reduzir os riscos para as pessoas, são necessárias ainda melhorias que garantem mais segurança para o trânsito de veículos, principalmente caminhões e ônibus.


domingo, 9 de agosto de 2009

Arquivo Público Mineiro 1896

O documento acima foi extraído do Arquivo Público Mineiro publicado em revista do ano 1896, relatando a fundação do distrito de Ilhéus do Prata. Esta cópia foi transcrita e cedida carinhosamente pelo nosso amigo, Ailton Petrônio de Castro, por ocasião das comemorações do centenário de Ilhéus. Em 1991, Petrônio exercia o cargo de Vice Prefeito de São Domingos do Prata. Aproveitamos a oportunidade para registrar nosso agradecimento desta gentileza, que tem um significado histórico muito grande para o povo de Ilhéus do Prata.

A transcrição preserva a linguagem da época. Para visualizar melhor e ampliar a imagem, dê um click sobre o documento.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Casas e Ruas

Inicio da rua da Baixada
Vista sobre a ex casa do Sr.Tonico Bastos - fundo rua de cima

Vista de moradias da rua da baixada

domingo, 26 de julho de 2009

“Passeio e Passagem"

Recebi este texto de um amigo, tempo atrás. Detalha com propriedade a relação do carreiro e seus bois, além de fazer uma analogia com o comportamento humano dos profissionais dentro do ambiente de trabalho. Achei interessante e penso que encaixa no contexto deste blog. Nós que já testemunhamos a vida difícil dos carreiros e já sentimos a emoção quando os carros de boi carregando cana, milho, madeiras, entre outras coisas, atravessavam a Rua de Ilhéus, chamando atenção de todos e fazendo a alegria da criançada que delirava com aquele episódio.

“Passeio e Passagem"

A expressão dar "nome aos bois" tem um sentido. Quem já teve a oportunidade de lidar com gado sabe bem disso. O boi não só tem nome com se acostuma e gosta de ser chamado por ele. Todas as vezes que ouço a expressão "é preciso dar nome aos bois" lembro-me de Rosca Seca, um aprazível lugarejo dos rincões de Minas Gerais, no município de Aimorés, cidade fronteiriça com o Estado do Espírito Santo. Ali eu nasci e comecei a trabalhar com oito anos de idade. Meu primeiro trabalho foi ser Candeeiro de bois. Naquela época na minha região não existia outro meio de transportes que não fosse de tração animal. Também não havia energia elétrica e a iluminação se fazia com lamparinas e lampiões.

Meu trabalho era bastante interessante e eu gostava de executá-lo. Levantava da cama por volta das 5 horas da manhã e ia ligeiro buscar os bois no pasto. Esta era a primeira tarefa do dia. Logo depois, os bois eram atrelados a canga e partíamos em busca da mercadoria a ser transportada, que podia ser cana, feijão, arroz, milho, etc. Duas pessoas coordenavam os trabalhos dos bois. O Carreiro, que era o adulto, geralmente ia dentro do carro e o menino que ia à frente dos bois. Para o Carreiro, era importante fazer o carro "cantar". A técnica para isto era passar um chumaço de pano com querosene no eixo do carro para aumentar o atrito. Normalmente o carro de bois trabalhava com quatro juntas, ou seja, com oito bois posicionados dois a dois, ligados por uma canga. Todos tinham nomes. Alguns até nomes engraçados ou bem colocados,que pareciam com eles. Os que iam na frente, eram chamados "bois de guia" porque a elescabiam guiar o comboio. Era só seguir o menino, o Candeeiro, que tudo dava certo.

Os bois de guia eram muito parecidos uns com os outros. Bois bem aparelhados, como se dizia na linguagem da época. Um se chamava Passeio e o outro Passagem. O Passeio tinha um ritmo de trabalho constante, uniforme. Da origem ao destino, mantinha sempre a mesma cadência. Trabalhava bem, discretamente. Já o Passagem, ao contrário, iniciava bem o trabalho mostrando-se muito disposto no início, mas volta e meia fazia "corpo mole" exigindo muito mais atenção do Carreiro. De vez em quando, parava para saborear algum capim gordura mais tenro que estivesse visível à beira da estrada. Quando isto ocorria, o Carreiro dava-lhe uma ferroada e o boi pulava rápido para frente, e só não pisoteava o Candeeiro se ele estivesse atento. De 8 aos 12 anos este era o meu trabalho, executado com chuva ou com sol. Porém, havia uma particularidade digna de registro e que nunca saiu de minha memória: Quando o comboio estava chegando ao destino e que a sede da fazenda era avistada, o Passagem colocava toda a sua força no trabalho de puxar o carro, chegando até a desequilibrar, a seu favor, a harmonia da dupla. Esta particularidade valeu-lhe o apelido de "boi de chegada". A idéia que passava era a de que, no final, andando mais rápido ele folgaria mais cedo. O Passeio continuava no seu ritmo normal. Não alterava, nem para mais nem para menos, a sua contribuição, mas era bom de serviço.

Um dia, ao chegarmos com o carro de bois carregado de milho, notamos a presença de um fazendeiro vizinho que fora visitar meu pai e que observava a nossa chegada. Ao ver a disposição do Passagem, puxando com mais força do que o Passeio e chegando na frente, o nosso visitante exclamou, apontando para o esperto boi de chegada: "Que maravilha! Se o outro fosse assim!" Esta foi sem dúvida a primeira injustiça do trabalho que presenciei. Porém só fui compreender o significado dela quando, anos depois, ingressei no mercado formal de trabalho. Ao ingressar em uma grandeempresa pude ver, muitas vezes, aquela cena se repetir. Alguém trabalhando muito, o tempo todo e outros aparecendo, mostrando-se como se fossem eles os autores das idéias e dos trabalhos elogiados. Aprendi também que os erros de avaliação no trabalho nas empresas são decorrentes do mesmo fato que ocorreu no episódio do Passeio e Passagem. O julgamento feito pelo avaliador, sem um acompanhamento contínuo e sistemático das atitudes, comportamento e desempenho do avaliado. Trabalhei por 25 anos em um grande grupo empresarial onde tive a oportunidade de ver, em várias ocasiões, o ressurgimento dessas duas figuras inesquecíveis: o Passeio e o Passagem. Alguém trabalhando muito, fazendo tudo certo e com menor prestígio do que aqueles que aparecem mais, se expressam melhor ou se aproximam mais de quem tem poder sobre as pessoas.
Nestes 25 anos tive uma gratificante relação de emprego de Servente a Superintendente com meu empregador. Pude perceber que nas organizações também se cometem injustiças e que o "vizinho" pode influenciar as decisões do chefe. A grande diferença é que os Passeios e Passagens das empresas são seres humanos que guardam ressentimentos e mágoas. Os bois não reclamam."

Texto redigido em 2002 por Carlos Pessoa. Ele é integrante e líder da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos). foto: Faz dos Barros Ilheús - set/2000 - arquivo pessoal

sábado, 18 de julho de 2009

Centro Comunitário e Posto de Saúde

O Centro Comunitário Domingos Cotta de Oliveira e o Posto de Saúde Francisco Camillo Peixoto Primo, foram inaugurados em junho de 1987. Funciona hoje, no antigo prédio da Escola Estadual Major Oliveira que estava desativado desde 1983, devido à transferência do educandário para uma construção nova. Tive oportunidade de participar da solenidade de inauguração e a felicidade de registrar com fotos este acontecimento importante para a comunidade de Ilhéus do Prata.

Entre as autoridades, estavam presentes: o prefeito, João Bráz Martins Perdigão(centro da foto); os vereadores: Fábio Lana Rocha(a dir foto), José Viçoso(ao fundo da foto) e Reinaldo de Oliveira Frade, que foi um dos autores deste projeto. Entre as personalidades de Ilhéus, identificamos com saudades, Sr. Quiquito e Dona Dalila(meus avós), a incansável Jaci que também já nos deixou (ao fundo da foto). Destaca-se no centro da foto, Lotinha que completou este ano 90 anos de vida.

A acima foto registra o momento da fala do Prefeito e a presença do saudoso Sr. Deco, nossa querida e inesquecível Tia Gininha e também, de outras pessoas da comunidade de Ilhéus do Prata

Nesta tomada da foto, temos Dona Dalila, sempre presente nos momentos e acontecimentos importantes em Ilhéus do Prata e com certeza, na vida de muitas pessoas que por ali passaram.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Tromba d'gua em Ilhéus

Ponte sobre o ribeirão Santa Rita, localizado na rua principal de Ilhéus do Prata. Foto acima, registrado em 08/02/09, três dias antes da grande tromba d´gua. Este acontecimento foi noticiado pelo Jornal Tribuna do Prata. Abaixo texto e foto publicado pelo jornal.

" 25 de março de 2009
Tromba d’água em Ilhéus do Prata
manhã do dia 11/02, o distrito de ilhéus do Prata, foi surpreendido por uma grande tromba d’água, o que causou inúmeros transtornos aos moradores. Várias casas e estabelecimentos comerciais ficaram completamente alagados ocasionando grandes prejuízos aos moradores. A Mercearia Cota, do comerciante Edgar José Cota, foi a que mais ficou prejudicada, em razão da perda de várias mercadorias. Algumas residências e a “mina” de água também sofreram com esta tragedia.A estudante Stéphanie Cristina fotografou este triste episódio, inclusive o desabamento de parte da ponte principal no centro do distrito."

As fotos registram as condições inseguras da ponte após a enchente. Os riscos são grandes aos pedestres, carros e animais que transitam nesta única via central da Vila de Ilhéus. Contamos com o apoio, imediato, da prefeitura. Situação Crítica!!!
Situação da ponte após enchente - fotos com angulo sentido rua de cima. A parte danificada, foi justamente a emenda feita recentemente, para aumentar a largura da ponte.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Anupungá

Energia elétrica própria
A usina hidrelétrica de Anupugá, foi inaugurada no ano de 1967 e seu objetivo era suprir a falta de energia elétrica das residências em Ilhéus do Prata, melhorando assim, a qualidade de vida de seus habitantes. Naquela época em Ilhéus, energia elétrica, era privilégios dos poucos que conseguiam construir os pequenos açudes e instalar seus próprios geradores. Mesmo assim, o fornecimento de energia era precário e limitado. A maioria das casas era iluminada por lampiões, lamparinas e as tradicionais velas.

A hidrelétrica de Anupungá, pelo seu tamanho e potência, talvez não se enquadrasse a uma Pequena Central HidrelétricaPCH, mas sim, um uma Mini Usina de capacidade elevada, cuja o potencial energético provém do ribeirão Santa Rita. No entanto, enquanto funcionou, atendeu a contento a necessidade de energia elétrica de Ilhéus, que basicamente, era iluminar as residências e ruas. Em 1985 a CEMIG, dentro do programa Nacional de Eletrificação Rural, absorveu o fornecimento de energia elétrica local, estendendo também, aos pequenos sítios pertencentes ao distrito de Ilhéus, que até então, eram carente deste benefício.
Obs.Toda usina com geração de 1 até 30 MW(Megawatt) é também comumente designada PCH - Pequena Central Hidrelétrica - Resolução ANEEL nº 652.

Origem do nome Anupungá

Como surgiu o nome Anupungá? Existe muita curiosidade sobre o assunto. Pelo que me lembro, nunca houve um esclarecimento mais técnico e nenhuma divulgação oficial. Existe sim, algum folclore. Dizem que o nome Anupungá, foi inspirado ao complexo hidrelétrico de Urubupungá, localizado na bacia do Paraná, que na década de 60 foi uns dos grandes investimentos do país na produção de energia elétrica. Bom, o brasileiro é criativo e o povo de Ilhéus não é diferente. Considerando as similaridades entre elas e que a diferença aparente é o tamanho, há quem diga, que a Usina maior homenageia o Urubu e a menor, o Anum ou Anu, pássaros conhecidos e que tem características incomuns.

Movimento político - opinião

Sinto-me a vontade em comentar assuntos ou fatos acontecidos em Ilhéus do Prata. Vivi minha infância e boa parte da adolescência ali. Participei e acompanhei movimentos de cunho esportivo, político, social e hoje, mesmo distante, mantenho uma relação afetiva com aquele povo, do qual faço parte. Portanto, me arrisco a um breve comentário da percepção que tenho a respeito da chegada da luz elétrica, a construção de usina própria e sua desativação. Sei muito bem da importância que foi este período e esta obra, que além de iluminar Ilhéus, contribui e contribuirá sempre, para clarear nossa visão política e fortalecer nossa história.

Iluminar a Vila de Ilhéus foi um desafio que coube ao seu filho ilustre, o vereador Walter Cota, que surpreendentemente em 1963, sufragou nas urnas o posto máximo de autoridade do município de São Domingos do Prata, derrotando um forte candidato de partido político de oposição. Estava em suas mãos solucionar esta questão e, o fez sem titubear. Encerrou sua gestão como prefeito, presenteando o povo de Ilhéus, com uma unidade geradora própria capaz de produzir energia elétrica o suficiente para suprir suas necessidades imediatas. Este fato representa um marco significativo e encerra com um final feliz, uma página da história de Ilhéus, marcado por um período de grandes dificuldades e pressões, principalmente no campo político-social.

Por aproximadamente 18 anos, a usina de Anupungá correspondeu, gerando energia elétrica para o povo de Ilhéus. Embora, muitos não percebiam, mas no final deste período ela já operava no sacrifício, sem condições de suportar com mesmo vigor inicial, o novo cenário que se apresentava no que diz respeito ao consumo de energia elétrica local e principalmente, beneficiar os vários minifúndios localizados nos arredores de Ilhéus, que se encontrava excluído deste benefício e isolados numa zona de desconforto. Em meados da década de 80, com a implantação dos programas de eletrificação rural, promovido pelo governo, todo o distrito Ilhéus foi abrangido, iniciando uma nova era para consolidar, efetivamente, a inclusão social do homem do campo naquela região.

Obs.1:Walter Cota Marques, natural de Ilheús do Prata, exerceu mandato de prefeito do município de São Domingos do Prata, gestão 1963 à 1967. Fonte: Subsídios para a História - Frei Thiago Santiago.

Obs.2: A Usina de Anupungá, forneceu energia elétrica até Agosto de 1985, quando foi substituída pela CEMIG(Companhia Energética de Minas Gerais). Fonte: História do Distrito de Ilhéus do Prata - Aldircélia Sérvula Rosa de Oliveira e Paula Cristina Frade Santiago

Usina hidrelétrica

Vamos recordar como funciona uma Usina hidrelétrica

Olhando um ribeirão ou rio passar, é difícil imaginar a quantidade de energia que ela contém. As usinas hidrelétricas utilizam a energia da água, convertendo-a em eletricidade através de um processo mecânico. A Energia Elétrica é produzida pôr um Gerador, que fica localizada na Casa de Força. O gerador é um aparelho que transforma energia mecânica em energia elétrica, possui um eixo que é movido pôr uma Turbina. O eixo precisa ser girado para que o gerador produza eletricidade. A função da água é simplesmente mover a turbina. Para que isto aconteça, é preciso represar a água em um reservatório ou barragem e canaliza-la para promover o movimento do eixo da turbina. Depois do uso, a água continua o seu percurso rio abaixo.

domingo, 5 de abril de 2009

Trilha ecológica de Anupungá

Visitar a velha e desativada usina hidrelétrica de Ilhéus, é uma gostosa caminhada ecológica. É uma sensação de aventura pelo formato do local. Uma trilha estreita em declive no meio da mata e em certos trechos, totalmente fechada e com pouca luminosidade. É bom está acompanhado, pois existem passagens difíceis. Após barragem do ribeirão Santa Rita, a tubulação segue paralela a trilha. Este ponto é considerado mais crítico e exige atenção na travessia. O ribeirão corre ao fundo aos 50 metros. O barulho da água é forte e a visão é muito bonita.
obs.: fotos de fevereiro/2008 - arquivo pessoal

Trilha ecológica - continuação

Em certos momentos da trilha, é possível visualizar o ribeirão Santa Rita. São várias cachoeiras seguidas até a barragem da Usina. É possível ver o canal de captação que atualmente, está tomado pela areia. Antigamente, com a usina em funcionamento, chegar próximo deste local, era extremamente arriscado e não recomendado. Neste ponto o barulho da água é ensurdecedor. Muitas pedras com formatos diversos. A mata sempre contornando o leito do ribeirão. Não da prá chegar perto. É muito bonito e uma sensação muito boa!!!

O ribeirão está ao fundo cercado por duas montanhas. As copas das árvores dão um contraste com o céu e presença de árvores de médio e grande porte, forma um microclima na mata, gerando sombra e umidade. É refrescante. Muito interessante.

Resquícios da velha Anupungá

Tubulação tomada pela corrosão e um velho transformador esquecido pelo tempo. Através destes dutos de ferro a água represada do ribeirão Santa Rita, era direcionada para movimentar a turbina e gerar energia elétrica na Vila de Ilhéus. Velhos e bons tempos!!!
Carcaça da turbina e gerador - depreciado pelo tempo. Infelizmente, muitas peças foram roubadas depois de desativado a Usina. Fios de cobre, bobinas e o próprio gerador de energia. Apesar de inativo, é importante preservar o que existe da usina, pois representa uma época e é sem dúvida nenhuma, um atrativo que desperta curiosidade e promove o ecoturismo no local.
Após longa caminhada, os visitantes registram seus nomes e mensagens na parede da antiga casa de força. São quase 2 km de trilha até este local. É um verdadeiro museu esquecido, no meio de uma vegetação densa, cachoeiras e uma sensação de mistério no ar. É uma aventura legal!!!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ruas de Ilhéus

Acesso ao Pindurico

Inicio de acesso ao Cemitério e Grupo Escolar

Caminho da Velha Usina Hidréletrica Anupungá

Plabo Neruda

Morre lentamente, quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem nao conhece.

Morre lentamente, quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente, quem evita uma paixao, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os ïs” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente, quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se de sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

(Pablo Neruda)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Rua de Baixo

Sequencia de fotos da rua de baixo

Chegada via BR 262
Sentido da ponte - travessia do ribeirão Santa Rita

Vista Parcial - sentido oposto

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O blog - "Ilhéus do Prata"

Construir um blog é sem dúvida, uma forma fácil e organizada de comunicar. Através desta ferramental virtual é possível expor ideias, sentimentos, divulgar fotos, evidenciar fatos, entre outras infinidades de comunicação. É também um exercício prazeroso, principalmente, quando se refere a temas interessantes e envolventes, que promove discussões saudáveis e conclusões coerentes.
Este blog tem o objetivo de resgatar um pouco da história de Ilhéus do Prata. Aos poucos vamos redescobrir e dar visibilidade aos valores vivos desta terra e seu povo com mais de 100 anos de existência. Aqui poderemos interagir, sugerir e participar de forma construtiva, para reafirmar nosso compromisso com o futuro e com nossa história.

Não podemos esquecer a oportunidade de abordarmos assuntos polêmicos, como a conscientização ambiental e também, identificarmos melhorias necessárias na região para promover continuamente a qualidade de vida das pessoas que ali, constrói suas famílias e contribui, modestamente, para o crescimento do município.

Até breve!!
Serginho Rocha
P.S.: foto de 1987 - arquivo pessoal

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Rua de Cima

Ilhéus se divide popularmente, em:
  1. Rua de Baixo
  2. Rua de Cima
  3. Pindurico

domingo, 11 de janeiro de 2009

POESIA

ILHÉUS DO PRATA

Ilhéus
lugar maravilhoso
gostoso de viver
sentir, pensar, correr
pela mata virgem
tudo tão natural!

Ilhéus
riachos de águas límpidas
montes verdejantes
no contraste
com o azul do céu.

Raios de Sol
a brisa da tarde anunciando
com teu suave assovio
o crepúsculo chegando.

A brisa da noite precipitando
a madrugada que está pra vir
cantigas ao som de viola.

Viventes da noite
silêncio, diálogo
visões, horizontes
céu azul estrelado.

Ilhéus
sentados à porta da Igreja
trocando de idéias
Ouvindo canções
fluindo emoções
por este mundo
loucas paixões.

Poetizando ao vento
sensatas palavras
por inspiração
e acepção do saber.

Pessoas queridas de Ilhéus, Prata,
são estas minhas palavras
que por toda força
posso oferecer
junto à natureza
toda fonte absorvida
expressando toda poesia.

Poesia de Hugo Napoleão Ribeiro. Feita em 1988, durante sua passagem por uma semana em Ilhéus do Prata.

Hugo, é natural de Caeté _MG. Participou de várias antologias poéticas em diversas entidades literárias de âmbito nacional. Tem publicado seus talentos em livros, jornais e revistas. É sócio correspondente de várias “Academias Literárias” e já foi contemplado com medalhas e diplomas, pelos relevantes serviços culturais prestados ao país. É graduado no Curso de Letras pelo Centro Universitário do Leste – Unileste – MG e pós-graduado do Curso Gestão Ambiental, pela mesma Entidade.