Ilhéus do Prata é uma vila, que foi elevado a distrito do município de São Domingos Prata, Minas Gerais, em 09 de abril de 1891. A denominação da localidade proveiu de um português das ilhas, chamado de Francisco Ilhéus, um dos primeiros habitantes da localidade.
por Jayme Silva
Grupo Escolar Cônego João Pio
Com quase um século, o Grupo Escolar Cônego João Pio é parte integrante do patrimônio histórico e cultural de São Domingos do Prata. Além d...
domingo, 4 de outubro de 2009
" bom público na cavalgada"
Nos dias 3, 4 e 5 de julho foi realizada no distrito de Ilhéus do Prata a 17ª cavalgada, marcada pela presença de um bonito público durante os três dias de festa. O local do evento recebeu uma excelente estrutura. Shows e concurso de marcha marcaram a cavalgada que foi realizada pela prefeitura com apoio da Câmara Municipal e comunidade de Ilhéus.
nota publicada no jornal tribuna do Prata em agosto de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
"Uma Comunidade Inigualável"
" Serginho..., o texto em anexo, eu guardo desde a publicação, por acreditar que poderia muito bem ter sido escrito por um ilheusense; a semelhança entre as comunidades é muito grande. Achei que ficaria bem no Blog."
Muito legal o texto e tem sim, similaridade, que nos faz recordar nossa terra. Aliás, o distrito de Teixeiras é próximo ao distrito de Ilhéus do Prata. A foto em anexo é a Igreja de Teixeiras.
Uma Comunidade Inigualável
Alguns quilômetros de estrada de terra, muita poeira e uma vasta paisagem verde carregada de bucolismo. Muitas paradas para descer ou subirem viajantes com suas compras feitas ou visitas realizadas. Bambuais contornam as curvas, pontes sobre os córregos que correm em direção ao ribeirão e o ônibus passa uma, passa outra, dobra uma curva, dobra outra e vai deixando seu rastro empoeirado para trás. Pouco a pouco um cheiro de hospitalidade vai sendo trazido pelo vento da tarde. O coração cresce de certeza e o corpo todo é tomado por um grande prazer face ao retorno.
A torre da igreja a apontar por detrás de um morro é o primeiro indício de que a chegada se aproxima. Todos os passageiros começam a retirar suas bagagens e a campainha do ônibus toca de ponto em ponto. Finalmente eu desço naquela terra. Uma alegria incontida se apossa de mim. Na porta da casa alguém me espera e é com prazer incomensurável que eu adentro. Sinto-me da família, á vontade. Procuro me acomodar perto do fogão de lenha para espantar o frio e a cozinha é toda invadida por falas, momento para se colocar a conversa em dia. Uma travessa com biscoitos caseiros é colocada sobre a mesa, café feito na hora. De repente já não somos mais só nós, a minha chegada fora anunciada e muitos vão até lá desejarem-me boas –vindas. São amigos, conhecidos, ex-alunos, todos para levarem a cordialidade e a demonstração de prazer com a minha presença.
Saio pelas ruas da comunidade. Cumprimento um, outro e mais outro. Sou conhecida, como se ali tivesse morado uma vida inteira e agora retornasse. Um convite para a cervejinha numa das barracas, outros convites para almoço no dia seguinte, proposta para pernoite em várias residências e a impossibilidade de retribuir a tanto acolhimento afetuoso!
A noite chega trazendo com ela o clima de festa. É cavalgada! O som do ambiente repercute até o centro. Alojamo-nos numa mesa que repentinamente se transforma em duas ficando repleta de pessoas. Enquanto a poeira subia, era impossível se aquietar no assento. Sempre um convite para a próxima dança. O clima festivo se misturava com o da amizade consistente.
Esta comunidade é Teixeiras, oficialmente registrada no mapa como distrito de Cônego João Pio pertencente ao município de São Domingos do Prata. Há várias cavalgadas me faço presente, não pela festa em si, mas pela oportunidade de reencontrar as pessoas queridas que são todas, sem distinção. Teixeiras não constitui apenas um espaço geográfico no mapa, mas também um espaço conquistado no meu coração. Quando lá estou, sinto-me em casa e quando parto, deixo lá um pedaço de mim. Este pedaço deixado faz-me retornar sempre que possível, sem precisar de subterfúgios para justificar minha presença. Ali me sinto gente, a usufruir de uma qualidade de vida indescritível!
Penalizada fico com o anuncio da minha partida. Volto para casa, mas trago Teixeiras comigo nas lembranças agradáveis quando da minha estadia, no sono atrasado pela preponderância da vigília justificada pelo bem estar em dividir aquele espaço genuíno com seus habitantes. Evito citar nomes porque todos merecem destaque por serem pessoas lindas, acolhedoras, amáveis, independendo das condições materiais de existência de cada uma.
O tempo passa, mas Teixeiras jamais passará. Será sempre presença vívida em mim que ora se estende na pessoa do meu filho que a considera com a mesma profundidade de sua mãe.
Texto escrito por Lucia Helena de Carvalho
Publicado no Jornal Bom Dia, em 28 de junho de 2000, nº 501. João Monlevade - MG.
Foto: arquivo pessoal. Não acompanha o texto publicado na matéria.
sábado, 15 de agosto de 2009
Ponte após a enchente
domingo, 9 de agosto de 2009
Arquivo Público Mineiro 1896
A transcrição preserva a linguagem da época. Para visualizar melhor e ampliar a imagem, dê um click sobre o documento.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
“Passeio e Passagem"
“Passeio e Passagem"
A expressão dar "nome aos bois" tem um sentido. Quem já teve a oportunidade de lidar com gado sabe bem disso. O boi não só tem nome com se acostuma e gosta de ser chamado por ele. Todas as vezes que ouço a expressão "é preciso dar nome aos bois" lembro-me de Rosca Seca, um aprazível lugarejo dos rincões de Minas Gerais, no município de Aimorés, cidade fronteiriça com o Estado do Espírito Santo. Ali eu nasci e comecei a trabalhar com oito anos de idade. Meu primeiro trabalho foi ser Candeeiro de bois. Naquela época na minha região não existia outro meio de transportes que não fosse de tração animal. Também não havia energia elétrica e a iluminação se fazia com lamparinas e lampiões.
Meu trabalho era bastante interessante e eu gostava de executá-lo. Levantava da cama por volta das 5 horas da manhã e ia ligeiro buscar os bois no pasto. Esta era a primeira tarefa do dia. Logo depois, os bois eram atrelados a canga e partíamos em busca da mercadoria a ser transportada, que podia ser cana, feijão, arroz, milho, etc. Duas pessoas coordenavam os trabalhos dos bois. O Carreiro, que era o adulto, geralmente ia dentro do carro e o menino que ia à frente dos bois. Para o Carreiro, era importante fazer o carro "cantar". A técnica para isto era passar um chumaço de pano com querosene no eixo do carro para aumentar o atrito. Normalmente o carro de bois trabalhava com quatro juntas, ou seja, com oito bois posicionados dois a dois, ligados por uma canga. Todos tinham nomes. Alguns até nomes engraçados ou bem colocados,que pareciam com eles. Os que iam na frente, eram chamados "bois de guia" porque a elescabiam guiar o comboio. Era só seguir o menino, o Candeeiro, que tudo dava certo.
Os bois de guia eram muito parecidos uns com os outros. Bois bem aparelhados, como se dizia na linguagem da época. Um se chamava Passeio e o outro Passagem. O Passeio tinha um ritmo de trabalho constante, uniforme. Da origem ao destino, mantinha sempre a mesma cadência. Trabalhava bem, discretamente. Já o Passagem, ao contrário, iniciava bem o trabalho mostrando-se muito disposto no início, mas volta e meia fazia "corpo mole" exigindo muito mais atenção do Carreiro. De vez em quando, parava para saborear algum capim gordura mais tenro que estivesse visível à beira da estrada. Quando isto ocorria, o Carreiro dava-lhe uma ferroada e o boi pulava rápido para frente, e só não pisoteava o Candeeiro se ele estivesse atento. De 8 aos 12 anos este era o meu trabalho, executado com chuva ou com sol. Porém, havia uma particularidade digna de registro e que nunca saiu de minha memória: Quando o comboio estava chegando ao destino e que a sede da fazenda era avistada, o Passagem colocava toda a sua força no trabalho de puxar o carro, chegando até a desequilibrar, a seu favor, a harmonia da dupla. Esta particularidade valeu-lhe o apelido de "boi de chegada". A idéia que passava era a de que, no final, andando mais rápido ele folgaria mais cedo. O Passeio continuava no seu ritmo normal. Não alterava, nem para mais nem para menos, a sua contribuição, mas era bom de serviço.
Um dia, ao chegarmos com o carro de bois carregado de milho, notamos a presença de um fazendeiro vizinho que fora visitar meu pai e que observava a nossa chegada. Ao ver a disposição do Passagem, puxando com mais força do que o Passeio e chegando na frente, o nosso visitante exclamou, apontando para o esperto boi de chegada: "Que maravilha! Se o outro fosse assim!" Esta foi sem dúvida a primeira injustiça do trabalho que presenciei. Porém só fui compreender o significado dela quando, anos depois, ingressei no mercado formal de trabalho. Ao ingressar em uma grandeempresa pude ver, muitas vezes, aquela cena se repetir. Alguém trabalhando muito, o tempo todo e outros aparecendo, mostrando-se como se fossem eles os autores das idéias e dos trabalhos elogiados. Aprendi também que os erros de avaliação no trabalho nas empresas são decorrentes do mesmo fato que ocorreu no episódio do Passeio e Passagem. O julgamento feito pelo avaliador, sem um acompanhamento contínuo e sistemático das atitudes, comportamento e desempenho do avaliado. Trabalhei por 25 anos em um grande grupo empresarial onde tive a oportunidade de ver, em várias ocasiões, o ressurgimento dessas duas figuras inesquecíveis: o Passeio e o Passagem. Alguém trabalhando muito, fazendo tudo certo e com menor prestígio do que aqueles que aparecem mais, se expressam melhor ou se aproximam mais de quem tem poder sobre as pessoas.
Nestes 25 anos tive uma gratificante relação de emprego de Servente a Superintendente com meu empregador. Pude perceber que nas organizações também se cometem injustiças e que o "vizinho" pode influenciar as decisões do chefe. A grande diferença é que os Passeios e Passagens das empresas são seres humanos que guardam ressentimentos e mágoas. Os bois não reclamam."
Texto redigido em 2002 por Carlos Pessoa. Ele é integrante e líder da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos). foto: Faz dos Barros Ilheús - set/2000 - arquivo pessoal
sábado, 18 de julho de 2009
Centro Comunitário e Posto de Saúde
Entre as autoridades, estavam presentes: o prefeito, João Bráz Martins Perdigão(centro da foto); os vereadores: Fábio Lana Rocha(a dir foto), José Viçoso(ao fundo da foto) e Reinaldo de Oliveira Frade, que foi um dos autores deste projeto. Entre as personalidades de Ilhéus, identificamos com saudades, Sr. Quiquito e Dona Dalila(meus avós), a incansável Jaci que também já nos deixou (ao fundo da foto). Destaca-se no centro da foto, Lotinha que completou este ano 90 anos de vida.
A acima foto registra o momento da fala do Prefeito e a presença do saudoso Sr. Deco, nossa querida e inesquecível Tia Gininha e também, de outras pessoas da comunidade de Ilhéus do Prata
Nesta tomada da foto, temos Dona Dalila, sempre presente nos momentos e acontecimentos importantes em Ilhéus do Prata e com certeza, na vida de muitas pessoas que por ali passaram.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Tromba d'gua em Ilhéus
Tromba d’água em Ilhéus do Prata
manhã do dia 11/02, o distrito de ilhéus do Prata, foi surpreendido por uma grande tromba d’água, o que causou inúmeros transtornos aos moradores. Várias casas e estabelecimentos comerciais ficaram completamente alagados ocasionando grandes prejuízos aos moradores. A Mercearia Cota, do comerciante Edgar José Cota, foi a que mais ficou prejudicada, em razão da perda de várias mercadorias. Algumas residências e a “mina” de água também sofreram com esta tragedia.A estudante Stéphanie Cristina fotografou este triste episódio, inclusive o desabamento de parte da ponte principal no centro do distrito."
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Anupungá
Obs.Toda usina com geração de 1 até 30 MW(Megawatt) é também comumente designada PCH - Pequena Central Hidrelétrica - Resolução ANEEL nº 652.
Origem do nome Anupungá
Movimento político - opinião
Usina hidrelétrica
domingo, 5 de abril de 2009
Trilha ecológica de Anupungá
Trilha ecológica - continuação
Resquícios da velha Anupungá
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Plabo Neruda
Morre lentamente, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem nao conhece.
Morre lentamente, quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente, quem evita uma paixao, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os ïs” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente, quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se de sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
(Pablo Neruda)
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
O blog - "Ilhéus do Prata"
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
POESIA
Ilhéus
lugar maravilhoso
gostoso de viver
sentir, pensar, correr
pela mata virgem
tudo tão natural!
Ilhéus
riachos de águas límpidas
montes verdejantes
no contraste
com o azul do céu.
Raios de Sol
a brisa da tarde anunciando
com teu suave assovio
o crepúsculo chegando.
A brisa da noite precipitando
a madrugada que está pra vir
cantigas ao som de viola.
Viventes da noite
silêncio, diálogo
visões, horizontes
céu azul estrelado.
Ilhéus
sentados à porta da Igreja
trocando de idéias
Ouvindo canções
fluindo emoções
por este mundo
loucas paixões.
Poetizando ao vento
sensatas palavras
por inspiração
e acepção do saber.
Pessoas queridas de Ilhéus, Prata,
são estas minhas palavras
que por toda força
posso oferecer
junto à natureza
toda fonte absorvida
expressando toda poesia.
Poesia de Hugo Napoleão Ribeiro. Feita em 1988, durante sua passagem por uma semana em Ilhéus do Prata.
Hugo, é natural de Caeté _MG. Participou de várias antologias poéticas em diversas entidades literárias de âmbito nacional. Tem publicado seus talentos em livros, jornais e revistas. É sócio correspondente de várias “Academias Literárias” e já foi contemplado com medalhas e diplomas, pelos relevantes serviços culturais prestados ao país. É graduado no Curso de Letras pelo Centro Universitário do Leste – Unileste – MG e pós-graduado do Curso Gestão Ambiental, pela mesma Entidade.