por Jayme Silva

Grupo Escolar Cônego João Pio

Com quase um século, o Grupo Escolar Cônego João Pio é parte integrante do patrimônio histórico e cultural de São Domingos do Prata. Além d...

quinta-feira, 22 de março de 2012

Líquido Precioso

Hoje, 22 de março, comemoram-se o “Dia Mundial da Água”. Esta data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 e tem como objetivo disseminar aos povos a importância do uso racional e a preservação das fontes deste líquido precioso que é vital para existência em nosso planeta. 

O Brasil é um país privilegiado por ter um grande manancial de água doce e também o maior rio em volume de água do planeta. O nosso distrito é uma região bem irrigada, assim como todo território do município de São Domingos do Prata. 

Ilhéus do Prata, é cortado por dois ribeirões, um rio e existem várias nascentes que brotam nas grotas e cabeceiras das montanhas. Este é o nosso verdadeiro tesouro que deve ser preservado e protegido das ameaças que já conhecemos e outras que às vezes, nos confundem com o nome de progresso.

É preciso utilizar os recursos naturais, em prol da qualidade e da preservação da vida como um todo. Abaixo, segue declaração universal dos direitos da água e fotos da  presença da água em Ilhéus do Prata.

Saudações!
Serginho Rocha

Declaração universal dos Direitos da Água
Histoire de L´Eau, Georges Ifrah, Paris, 1992

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos da Água, ela é seiva do nosso planeta e condição essencial da vida na terra. Confira os artigos:
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água devem ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. 


Água que nasce na grota
Água de Lagoa - Jazida
Água de nascente

Água de Riacho

7 comentários:

  1. Matéria muito interessante e oportuna Serginho! Realmente nosso distrito foi abençoado com tantas fontes de água! E em especial, observamos que todos têm um cuidado especial com as suas nascentes! Fazem cercas para impedir o pisoteio do gado, reflorestam, enfim tomam todas as medidas possíveis! O que falta ainda é um pouco mais de conscientização quanto a destinação correta do lixo proveniente dos domicílios! Uma parcela muito pequena ainda continua jogando esses resíduos em rios e córregos, e esses na maior parte das vezes são repreendidos pelos demais! Também não conhecemos ainda as implicações que a MONOCULTURA DO EUCALIPTO pode acarretar.
    Fato é que diversos estudos (basta digitar monocultura do eucalipto ou deserto verde) mostram que uma série de problemas são gerados devido à exploração de eucalipto em grandes áreas, dentre as quais se destacam as indicadas abaixo e apontadas pelo artigo “ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A MONOCULTURA DO EUCALIPTO E SUAS IMPLICAÇÕES”:

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    1. Obrigado Ademar!
      Este assunto é muito sério e é necessário a conscientização das pessoas.

      Saudações!
      Serginho Rocha

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  2. • Desertificação do clima e de solo: as grandes florestas como as de eucalipto necessitam de uma enorme quantidade de água, para se ter uma idéia, segundo a matéria Deserto Verde cada pé de eucalipto necessita, para crescer satisfatoriamente, levando-se em conta o rendimento econômico, de aproximadamente 30 litros de água por dia, o que acaba gerando um grande déficit hídrico nas regiões onde são cultivados, gerando assim certa desertificação da região. Esse é um grave problema, já que muitas plantações são realizadas às beiras de córregos e nascentes de rios, o que acaba por ressecar o solo.

    • Ressecamento do solo e uma maior exposição à erosão: como o eucalipto está sendo plantado visando-se unicamente uma maior viabilidade econômica possível, depois de alguns anos a plantação é cortada, deixando o solo empobrecido e exposto a erosão, causando enormes impactos ambientais na região onde estava sendo cultivada a floresta. Além disso, como qualquer outra monocultura, o sistema esgota o solo e necessita do controle das pragas através do uso de agrotóxicos

    • Diminuição da biodiversidade: como acima citado, as florestas de eucalipto são cultivadas priorizando somente um retorno econômico. Assim sendo, não são cultivadas juntamente outras espécies de vegetais, o que diminui a diversidade vegetal da região de floresta, já que a mesma também impede que gramíneas e pequenos arbustos cresçam e se desenvolvam, embora quando estejam pequenas, as árvores do eucalipto, não forneçam um bloqueio radiação solar como quando estão grandes. Outro problema é a falta da diversidade da fauna, já que os únicos animais que conseguem sobreviver nesses tipos de florestas são “formigas e caturritas (aves predadoras de lavouras que usam as árvores de eucalipto como abrigo, mas não se alimentam delas)”. A introdução de espécies exóticas pode acarretar morte da fauna associada. Além disso estudos demonstram que aves necessitam de áreas de mata nativa na época do outono e inverno, onde provavelmente as condições de sobrevivência são mais favoráveis.

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  3. • Transformação da paisagem: algumas áreas de plantação de eucalipto atingem regiões de ecossistemas em risco, o que acaba transformando a paisagem do local • Problemas ambientais;
    • Concentração da terra, com expulsão imediata dos pecuaristas que as venderam. O que mostra que as empresas não querem ficar dependentes de parcerias;
    • Modelo de concentração da terra, de capital e da renda;
    • Modelo exportador, cujos impostos já estão todos desonerados pela lei Kandir, contribuindo muito pouco para os cofres públicos dos municípios e do Estado;
    • Não gera emprego;
    • Gera vazios populacionais;

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  4. Além disso, é importante citar que muitas vezes as empresas em seus interesses acabam por ludibriar os camponeses, promovendo uma intensa campanha de convencimento e divulgam que não há a menor chance de suas monoculturas terem impactos ambientais graves. Dizem que as árvores seqüestram carbono e isso diminui o efeito estufa! Que jamais afetariam as nascentes!

    Fica aí um alerta, e uma proposta de discussão!
    E mais uma vez Serginho, parabéns por todas as matérias que tem divulgado e obrigado por me aturar aqui, sempre metendo o bedelho!

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  5. Oi Serginho, tudo em paz?
    Realmente Ilhéus é bem servida por água.
    Líquido mais do que precioso, vital para nossa sobrevivência, me causa revolta como a água é usada no nosso país, como falta às pessoas consciência, respeito pela meio ambiente, descaso mesmo.
    Desperdício de água é coisa banal por aqui; o interessante é que observamos nas pessoas menos esclarecidas, mais pobres em recursos materiais, as primeiras a fazer uso indevido da nossa água tratada e cobrada.
    Já demos alguns passos na direção certa, entretanto, falta muito para que tenhamos de verdade esta proteção com nossas fontes de água doce.
    Um abraço.

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    1. Olá Mª Célia!
      A conscientização é o primeiro passo e devemos começar na nossa casa.
      Um abraço!
      Serginho Rocha

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