No livro, “História do Município de São Domingos do Prata”, o autor Prisco Viana, faz uma pequena narrativa sobre a aventura de Antonio de Oliveira, conhecido por nós como Major Oliveira, que foi o idealista e fundador do distrito de Ilhéus do Prata. Segue abaixo trechos da narrativa.
“... Antônio de Oliveira veio com Costa Leite, do Rio para Minas, a fim de explorarem a rica zona do Rio Doce, especialmente no tocante às fibras descobertas por este último, fazendo plantação do respectivo cipó, em escala tal que lhes produzissem lucro remunerador. Infelizmente, pouco durou a tentativa, porque Costa Leite, a fim de obter numerário para custeio da empresa, dirigiu-se ao Rio de Janeiro, levando boa quantidade do produto (fibras) para o mercado daquela cidade. Falecendo este em caminho, desaparecendo a sociedade em apreço. Oliveira então tratou de pesquisar outros negócios.
Cidadão de vistas largas idealizou a criação de um distrito administrativo em Ilhéus ou em represália a Vargem Alegre, ou ainda, por outra razão que só ele enxergava, o certo é que enfrentou o empreendimento e rumou para Ouro Preto, então Capital do Estado. Político nato; portanto com ou sem carta de apresentação dos políticos locais, dirigiu-se a Ouro Preto e, pessoalmente, apresentou-se ao governador e com diplomacia que lhe era peculiar, obteve a criação do distrito desejado, em 1891, com divisas demarcadas, desmembrando-se o respectivo território do distrito de Vargem Alegre.
As autoridades e funcionários, comentavam os filhos de Candinha, só figuravam em nome, pois, só ele exercia todas as funções: professor, de fato o era, sub-delegado da polícia, juiz de paz, escrivão e tabelião de notas, presidente e membros do conselho distrital, agente e estafeta do correio, etc.
Digam, entretanto o que quiseram, mas o que não se pode negar é que foi ele grande patriota, trabalhador sempre para o bem da coletividade, tendo sido um dos braços fortes do município, politicamente falando. Oliveira foi um herói que merece o título de benemérito do município. Se alguma coisa praticou que mereça censura, o fez como abalizado político, sempre ao lado da situação que sobremodo o justifica.”
Foto em anexo foi publicado no livreto, “História de Ilhéus do Prata” de Aldircélia Sérvula Rosa de Oliveira e Paula Cristina Frade Santiago. Um fato curioso registrado neste mesmo livro, é que, segundo os antigos moradores de Ilhéus do Prata, as primeiras aulas aconteceram, debaixo de uma frondosa gameleira, devido a falta e disponibilidade de uma casa para funcionar a escola.
Saudações,
Serginho Rocha
Caro Serginho, venho através desta lhe informar que esse nosso patrimônio (Escola Estadual Major Oliveira) está seriamente ameaçado. Recebemos uma notícia no dia 15 de dezembro de 2011, que a mesma seria municipalizada, o que implicaria ou em seu fechamento, ou no funcionamento apenas das séries iniciais (1° ao 5º ano - somente o grupo). Os motivos de seu fechamento ainda permanecem obscuros, não foram prestados os devidos esclarecimentos a comunidade e nem mesmo se realizou uma consulta prévia. Peço assim a sua ajuda, no sentido de mobilizar todos os Ilheusences ausentes na busca de soluções para esse impasse, de forma a pressionar as autoridades competentes.
ResponderExcluirAtenciosamente
Ademar Azevedo Frade
e-mail: a.azevedofrade@hotmail.com
Uma história de tanto esforço e dedicação não pode acabar assim. Sou uma bisneta do Major Oliveira e estudei nesta escola no qual me orgulho muíto. Esta escola deve ser um patrimônio histórico e tombado pelo município. Ilhéus do Prata terra natal amada
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Olá.Poderia me dizer o seu nome? Procurando sobre a história de minha família, descobri que sou tataraneto do Major Oliveira. Meu nome é Guilherme Oliveira Dias
ResponderExcluirGuilherme, tudo bem? Major Oliveira também era meu tataravô. Queria conhecer a história da minha família e preencher lacunas da minha árvore genealógica. Caso tenha interesse, me chama no instagram para batermos um papo @isabeladoliveir
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