por Jayme Silva

Grupo Escolar Cônego João Pio

Com quase um século, o Grupo Escolar Cônego João Pio é parte integrante do patrimônio histórico e cultural de São Domingos do Prata. Além d...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Anupungá

Energia elétrica própria
A usina hidrelétrica de Anupugá, foi inaugurada no ano de 1967 e seu objetivo era suprir a falta de energia elétrica das residências em Ilhéus do Prata, melhorando assim, a qualidade de vida de seus habitantes. Naquela época em Ilhéus, energia elétrica, era privilégios dos poucos que conseguiam construir os pequenos açudes e instalar seus próprios geradores. Mesmo assim, o fornecimento de energia era precário e limitado. A maioria das casas era iluminada por lampiões, lamparinas e as tradicionais velas.

A hidrelétrica de Anupungá, pelo seu tamanho e potência, talvez não se enquadrasse a uma Pequena Central HidrelétricaPCH, mas sim, um uma Mini Usina de capacidade elevada, cuja o potencial energético provém do ribeirão Santa Rita. No entanto, enquanto funcionou, atendeu a contento a necessidade de energia elétrica de Ilhéus, que basicamente, era iluminar as residências e ruas. Em 1985 a CEMIG, dentro do programa Nacional de Eletrificação Rural, absorveu o fornecimento de energia elétrica local, estendendo também, aos pequenos sítios pertencentes ao distrito de Ilhéus, que até então, eram carente deste benefício.
Obs.Toda usina com geração de 1 até 30 MW(Megawatt) é também comumente designada PCH - Pequena Central Hidrelétrica - Resolução ANEEL nº 652.

Origem do nome Anupungá

Como surgiu o nome Anupungá? Existe muita curiosidade sobre o assunto. Pelo que me lembro, nunca houve um esclarecimento mais técnico e nenhuma divulgação oficial. Existe sim, algum folclore. Dizem que o nome Anupungá, foi inspirado ao complexo hidrelétrico de Urubupungá, localizado na bacia do Paraná, que na década de 60 foi uns dos grandes investimentos do país na produção de energia elétrica. Bom, o brasileiro é criativo e o povo de Ilhéus não é diferente. Considerando as similaridades entre elas e que a diferença aparente é o tamanho, há quem diga, que a Usina maior homenageia o Urubu e a menor, o Anum ou Anu, pássaros conhecidos e que tem características incomuns.

Movimento político - opinião

Sinto-me a vontade em comentar assuntos ou fatos acontecidos em Ilhéus do Prata. Vivi minha infância e boa parte da adolescência ali. Participei e acompanhei movimentos de cunho esportivo, político, social e hoje, mesmo distante, mantenho uma relação afetiva com aquele povo, do qual faço parte. Portanto, me arrisco a um breve comentário da percepção que tenho a respeito da chegada da luz elétrica, a construção de usina própria e sua desativação. Sei muito bem da importância que foi este período e esta obra, que além de iluminar Ilhéus, contribui e contribuirá sempre, para clarear nossa visão política e fortalecer nossa história.

Iluminar a Vila de Ilhéus foi um desafio que coube ao seu filho ilustre, o vereador Walter Cota, que surpreendentemente em 1963, sufragou nas urnas o posto máximo de autoridade do município de São Domingos do Prata, derrotando um forte candidato de partido político de oposição. Estava em suas mãos solucionar esta questão e, o fez sem titubear. Encerrou sua gestão como prefeito, presenteando o povo de Ilhéus, com uma unidade geradora própria capaz de produzir energia elétrica o suficiente para suprir suas necessidades imediatas. Este fato representa um marco significativo e encerra com um final feliz, uma página da história de Ilhéus, marcado por um período de grandes dificuldades e pressões, principalmente no campo político-social.

Por aproximadamente 18 anos, a usina de Anupungá correspondeu, gerando energia elétrica para o povo de Ilhéus. Embora, muitos não percebiam, mas no final deste período ela já operava no sacrifício, sem condições de suportar com mesmo vigor inicial, o novo cenário que se apresentava no que diz respeito ao consumo de energia elétrica local e principalmente, beneficiar os vários minifúndios localizados nos arredores de Ilhéus, que se encontrava excluído deste benefício e isolados numa zona de desconforto. Em meados da década de 80, com a implantação dos programas de eletrificação rural, promovido pelo governo, todo o distrito Ilhéus foi abrangido, iniciando uma nova era para consolidar, efetivamente, a inclusão social do homem do campo naquela região.

Obs.1:Walter Cota Marques, natural de Ilheús do Prata, exerceu mandato de prefeito do município de São Domingos do Prata, gestão 1963 à 1967. Fonte: Subsídios para a História - Frei Thiago Santiago.

Obs.2: A Usina de Anupungá, forneceu energia elétrica até Agosto de 1985, quando foi substituída pela CEMIG(Companhia Energética de Minas Gerais). Fonte: História do Distrito de Ilhéus do Prata - Aldircélia Sérvula Rosa de Oliveira e Paula Cristina Frade Santiago

8 comentários:

  1. essa igreja católica da foto próxima a foto da assembléia de Deus eu não sabia que existia.
    é construção recente?
    luiz leal

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  2. Esta pequena Igreja Católica, não está alocada na Vila de Ilhéus, mas sim, no vilareijo de Macuco, que pertence ao distrito de Ilhéus do Prata.

    Um abraço,
    Serginho.

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  3. Serginho, gostaria de ver uma foto de tia ZITA, tenho muita saudades dela, ela tinha tanto carinho por mim quando ainda criança...te amo muito tia ZITA! 1000BJs para senhora.


    Abraços!!!

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  4. Oh Serginho! De quem são essas lindas casas vermelhas? que belo gosto!



    saudações!!!

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  5. ola sou joão de benedito frade tambem moro em ilhéus do prata gostei muito desse blog

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  6. essas casas vermelhas são de calu

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  7. Oí Serginho.
    Hoje remechendo guardados antigos, encontrei informações sobre a Anupunga:
    - Trifásica;
    - Potência do Gerador: 50 KVA;
    - Alta tensão: 13.800 Volts.

    Hoje o ribeirão não conseguiria mais tocar a usina. É uma pena.

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  8. Olá Aurélio!
    que informação interessante! realmente o ribeirão já não tem a força de antes! É uma pena! Algum impacto ambiental o afetou.

    Um abraço.
    Serginho

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