Na matéria, “A Saga da Fazenda do Tavares”, publicada no blog “Casos e
Causos” João Lana Rocha descreve os desafios enfrentadas
pelo seu Pai e também meu avô paterno, para desbravar uma região com
características selvagens, localizada a aproximadamente a 4 km da Vila de
Ilhéus do Prata.
É uma boa
oportunidade para registrar e ilustrar em nosso blog alguns tópicos interessante,
que compõe a história do município de São Domingos do Prata.
Parabéns João Lana, pela riqueza das informações. A íntegra da matéria encontra-se no link: http://ailtonp.blogspot.com.br/2012/07/ilheus-um-pedaco-da-historia-de-sao.html
Saudações!
Serginho Rocha
Sede da Fazenda do Tavares |
“A Fazenda do Tavares, Distrito de Ilhéus, Município de São Domingos do Prata, foi adquirida pelo Sr. João Pereira da Rocha (Sô Gico) em 1946, do padre Brás Morrone. Todo mundo chamava Sô Gico de "doido", pois enfrentar aquela região onde tantos morriam era loucura total. Antigamente a fazenda era
chamada de "Degredo", para onde mandavam os piores criminosos para
expiarem suas penas com a inevitável morte. E morte horrível, cruel, com
sofrimentos indescritíveis."
“...Região hostil, muita febre e outras doenças, feras e para complementar, índios ferozes. Próxima ao Rio Doce, ribeirões e lagos com muitos peixes e caça, os índios botocudos que habitavam o litoral do Espírito Santo em quase toda extensão do Rio Doce, estavam sempre presentes...”
“...Região hostil, muita febre e outras doenças, feras e para complementar, índios ferozes. Próxima ao Rio Doce, ribeirões e lagos com muitos peixes e caça, os índios botocudos que habitavam o litoral do Espírito Santo em quase toda extensão do Rio Doce, estavam sempre presentes...”
"A fazenda tinha um enorme área alagada com matas virgens cobrindo todo o lago e margens. Febre amarela, malária (que chamavam de maleita), e outras endemias eram comuns e mataram muita gente."
"...O Sr. Gico não teve medo e resolveu encarar o desafio. Começou a rasgar (drenar) o Ribeirão Santa Rita, Macuco e Brejal, numa extensão de aproximadamente 13 km por até 500m de largura ou mais. Eu me lembro ainda menino, dos homens trabalhando, derrubando, rasgando, limpando os leitos dos rios para drenagem do curso normal das águas. Cobriam as pernas e outras partes do corpo com saco de aniagem devido ao ataque de sanguessugas.No Brejal se formou um belo campo de arroz com produção até hoje invejável. No Ribeirão Santa Rita e Macuco, começou com arroz e depois com milho e feijão por serem mais secos..."
João Pereira da Rocha - "Sr. Gico" |
Curral onde trabalharam os Vaquerios Tito e Antonio de Anjo |
"Também na bovinocultura sempre se preocupou com a melhoria das raças adquirindo touros puros mais adequados. Assim introduziu o Gir no gado pé-duro existente na região e mais tarde o Nelore e o Guzerá (Zebus) fazendo ótimos bois carreiros; pesados, resistentes e bom para o corte."
"Construiu uma olaria, substituindo
a sede e casa de colonos por novas residências feitas de telhas e tijolos
produzidos ali mesmo. Um engenho moderno para fazer açúcar mascavo, rapadura e
cachaça. Um moinho de milho com uma pedra grande para atender aos moradores e
uma criação de suínos com expressiva produção. Construiu uma enorme manga para
criação extensiva de porcos. Uma maternidade funcional e um local amplo para
terminação de cevados. Sempre inovando, adquiria reprodutores do Ministério da
Agricultura – Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo, trazendo a raça Piau (banha)
para cruzar com raças comuns e menos produtivas. Mais tarde trouxe o Duroc
(raça de carne) cruzando os dois, fazendo um suíno misto de carne e banha,
atendendo a exigência do mercado."
Sr. Gico, sua esposa Dona Ignês e netos |
Registro no terreiro da Fazenda - Álbum de família |
Pato Fu
ResponderExcluirSIMPLICIDADE
http://www.youtube.com/watch?v=I_4JVwE-x3s
Não foi possível inserir a bela foto de Ilhéus do Prata do endereço http://commondatastorage.googleapis.com/static.panoramio.com/photos/original/17216810.jpg
Como vai, Serginho, tudo bem?
ResponderExcluirNão sabia que seu avô tinha sido pioneiro, um desbravador de terras aonde existiam índios, doenças, todo tipo de perigos, uma vida de luta, muito sacrifício e trabalho.
Isto é muito importante pra história da família e deve ser conhecida pelos descendentes do tio Gico, ainda que eles não deem a menor importância a estes fatos, no momento.
É muito louvável seu interesse e preocupação em deixar registros para gerações futuras a repeito de acontecimentos tão significativos para família Rocha.
Parabéns pelo seu trabalho ao qual admiro muito.
Grande abraço.
Na época em que o sr Gico adquiru a fazenda, não existiam mais os indios ferozes, só os mosquitos ferozes, não é sergio?
ResponderExcluirÉ isto mesmo!
ExcluirUm abraço,
Serginho Rocha
Minha mãe tem uma cômoda comprada por meu avô que veio dessa fazenda e que foi vendida a ele pelo Pe Brás Morrone na época em que ele se mudou.
ResponderExcluirFiguei arrepiada com o que encontrei na reportagem ! Morei na fazenda paraiso do sr ZEZE ARAUJO ,estudei numa escola ai perto ,tive jma professora que chamava, ou chama NAZINHA,A OUTRA ERA DODORA ...TEMPOS DIFÍCEIS PRA
ExcluirEramos vizinhos fazenda de tavares sou filha mais nova de Euclides e Dona HERMÍNIA (consolacao).MEU PAI ERA CARPINTEIRO.da fazenda.todos os currais e demais cercas eram feito por ele.Buscava entre as matas nativas as toras de madeiras para fazer as tabuas..
ResponderExcluirSÓ GICO E DONA MARIA INÊS.Eram muito respeitados pois minhas irmãs e meus irmaos trabalhavam com eles.
ResponderExcluirSantana, Tomás,Maria ,zelia...
Meu pai tinha uma venda nas terras do SR Gico, o lugar chamava taguari ...perto do Ribeirão santa rita
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